RPG Maker

Aqui estão os dois únicos posts que fiz sobre RPG Maker, visto que o foco deste blog será Multimedia Fusion:


O RPG Maker é um programa voltado para a criação de jogos de RPG 2D no melhor estilo Final Fantasy e Dragon Quest. Existe tanto para PC quanto para consoles, mas as versões de PC são as mais populares, ao menos no ocidente.





Tudo começou com o RPG Maker 95, que hoje em dia seria considerado simplório demais devido às suas limitações gráficas e de recursos. Mas na época em que foi lançado, era algo incrível você poder criar seus próprios jogos sem saber nada de linguagens de programação, e este é o grande destaque do programa. Basta você desenhar o mapa em uma interface intuitiva e programar os "eventos", que são objetos e personagens que interagem com o jogador. O modo como eles são programados é através de comandos como "ao apertar botão - exibir mensagem - digite aqui a mensagem", para fazer com que um NPC converse com o jogador, por exemplo. Não roda no Windows 7, deixei seu link de download aqui apenas pelo "valor histórico", assim como o RPG Maker 2000.





Depois, um programador russo conhecido como Don Miguel resolveu traduzir o RPG Maker 2000. Foi uma verdadeira revolução, pois finalmente o programa passou a ser conhecido no ocidente, e a evolução nos recursos oferecidos pelo programa foi imensa. É de longe a versão mais popular do programa até hoje, mesmo tendo sido superada por versões mais recentes. O legal é que o próprio Don incluiu um mini jogo de amostra com o programa, pras pessoas já verem do que ele é capaz (se bem que muita gente extraiu leite de pedra fazendo umas coisas absurdas no programa). Infelizmente, nem este e nem o 95 rodam no Windows 7, a menos que haja alguma gambiarra, mas eu desconheço. O RTP ali em cima é o pacote de gráficos, músicas e sons que o programa pede para rodar, vem junto com o programa no .rar.





O RPG Maker 2003 é o meu preferido, pois foi nele que comecei a mexer com criação de jogos, no mesmo ano em que o programa saiu. Na época eu tava no ensino médio, e vi uma daquelas infames revistas com CDs de jogos numa banca de jornal. Tava barato, e o anúncio de poder criar meus próprios jogos me empolgou. O tutorial que vinha na revista era raso demais, só ensinava o comando "teletransporte", que serve pra mudar o jogador de um cenário pro outro. Com o tempo, fui catando tutoriais e aprendendo sobre "switches" (comandos que validam uma ação, como quando o jogador abre um baú e o jogo gera a informação de que o baú já foi aberto), "variáveis" (armazenamento de valores, como quanto de um item o personagem possui, ou quantos inimigos de um tipo foram derrotados) e "Fork conditions" (o jogo verifica se o switch do baú aberto foi ativado, e impede que o baú seja aberto novamente, repetindo a obtenção de seu conteúdo). A maior inovação desta versão foi a tela de batalha, que deixou de ser em primeira pessoa como em Dragon Quest e Lufia e passou a ser vista de lado, como em Final Fantasy, com os personagens do jogador visíveis na tela. Foi nele que criei meus 2 primeiros jogos, sobre os quais falarei em outro post, e este ainda roda no Windows 7. O RTP ali está separado pra quem quiser baixar apenas ele, pois é necessário pra rodar os jogos antigos que fiz.





O XP não me agradou quando saiu. Ele vem com uma linguagem de programação chamada RGSS (Ruby Game Script System), que permite que se customize quase qualquer coisa no jogo, ao invés de depender apenas do clássico sistema de eventos. O problema é que coisas simples, como mostrar a imagem de um personagem na caixa de texto, foram movidas pro RGSS, e jogos que antes eram feitos "na marra" programando evento por evento, agora são feitos copiando e colando scripts RGSS prontos da internet. Isso não é totalmente ruim, mas a ideia de pegar pedaços inteiros prontos, como sistema de batalha, e colocar no jogo sem mexer em nada (porque quase ninguém sabe programar essa coisa e os tutoriais são rasos e vagos) tira toda a graça da brincadeira. Isso e mais uns problemas de framerate (que acho que são consertados por RGSS) me desanimaram muito, mas pelo menos a resolução aumentou de 320x240 pra 640x480. De qualquer modo, programa com RTP incluído no link acima. Como a partir desta versão a Enterbrain resolveu lançar o programa oficialmente no ocidente, ele agora pede um serial para ser ativado. Não o possuo, nem sei onde encontrar na internet.




Quase não mexi nessa versão, só sei que não é mais preciso eventos ou scripts para fazer o protagonista correr, basta apertar shift que essa é uma função nativa do programa, e a resolução diminuiu para 544x416, e os personagens agora são de um estilo SD exagerado demais, chegando a ficar ridículo, e como os charsets customizados que o povo cria são baseados no que vem no RTP, só vejo personagens com mais cabeça do que corpo por aí. De resto, só ouço falar que melhoraram o RGSS e acrescentaram funções a ele, mas nem me animei a mexer nesse também. Vem com RTP, também pede serial.


Download do RPG Maker VX Ace: Parte 1 - Parte 2

Tive que dividir o download desse em duas partes porque o Mediafire gratuito limita o upload em 200MB por arquivo. Por que ele está tão grande eu não sei, mas esta versão está em português do Brasil e vem com as mutretas necessárias pra não precisar do serial. Além dos ditos novos recursos do RGSS, notei que nesta versão os personagens do grupo seguem o líder automaticamente, mas ainda naquele esquema de movimentação "por quadrados", mas creio que a essa altura o RGSS já ofereça a possibilidade de se fazer uma movimentação estilo Chrono Trigger decente (já tinha gente fazendo isso no 2003, mas acho que ficava meio bugado)

E terminamos aqui a matéria sobre o saudoso RPG Maker. Não sei como anda a cena Maker hoje em dia com o VX, mas pra quem se pergunta do que o jogo é capaz, só posso dizer uma coisa: depende do quanto o usuário se dedica a ele. Veja o que é possível fazer:


Aliás, aconselho fortemente a checarem este jogo, além de ser um dos melhores do RPG Maker, a história é uma das melhores de jogos em geral que já vi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário